O Sindicato dos Engenheiros de Goiás (SENGE-GO), em conjunto com a Associação Goiana dos Engenheiros Ambientais (AGEAMB), protocolou representação junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (CREA-GO) denunciando a tentativa de precarização e desvio de função presente no concurso público da Prefeitura de Rianápolis.
O edital do município prevê salários de até R$ 3 mil, mas estabelece remuneração de apenas R$ 2.000,00 para o cargo de analista, exigindo diploma em engenharia. Para o SENGE-GO e a AGEAMB, a medida é um claro exemplo de desvalorização profissional, que busca absorver conhecimentos técnicos altamente especializados, pagando valores muito abaixo do que seria justo e compatível com as responsabilidades da categoria.
Além da discrepância entre atribuições e remuneração, a situação afronta a luta histórica da engenharia brasileira pela aplicação do piso salarial estabelecido pela Lei 4.950-A/1966. Ainda que voltada a profissionais celetistas, a legislação continua sendo parâmetro de referência para a justa valorização da categoria.
“Não podemos aceitar que, após anos de estudo e qualificação, engenheiros e engenheiras sejam submetidos a salários tão aquém da realidade e da responsabilidade que carregam. É nosso dever como sindicato denunciar e agir em defesa da profissão”, destaca o presidente do SENGE-GO, Gerson Tertuliano.
A AGEAMB reforça que o edital representa também uma ameaça à área ambiental, uma vez que o cargo exige formação em engenharia ambiental, mas não garante remuneração condizente com o grau de responsabilidade técnica exigido.
Com a denúncia formalizada, o SENGE-GO e a AGEAMB reafirmam que estão atentos e atuantes na defesa da categoria. A ação demonstra que o sindicato não se limita a registrar indignação, mas atua concretamente para impedir a precarização e garantir o respeito aos profissionais da engenharia.
“Analista não. Engenheiros sim — com respeito e dignidade. Essa é a nossa luta”, conclui o SENGE-GO.
Oficio AGEAMB 020-2025_Concurso Rianapolis (1)
