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SENGE-GO destaca importância da luta antirracista e reafirma compromisso com dignidade, justiça e reparação histórica

20/11/2025

Superar o racismo é uma questão de dignidade estrutural e de estrutura as engenharias dominam com propriedade e competência, afinal são dimensões profundamente compreendidas pelas engenheiras e engenheiros que projetam, planejam e constroem o mundo em que vivemos. No dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o SENGE-GO saúda todos os movimentos sociais que lutam diariamente por justiça, igualdade e, sobretudo, pela reparação histórica ao povo negro, cuja força, trabalho e resistência constituem alicerces fundamentais da sociedade e da identidade brasileira.

Mesmo arrancado de sua terra natal, violentado e submetido à escravidão, o povo negro não perdeu sua ancestralidade, sua ciência, sua cultura e sua capacidade de construir caminhos. O Brasil é, incontestavelmente, fruto dessa presença que moldou a economia, a arquitetura social e cultural, e também os saberes técnicos que hoje dialogam com as engenharias contemporâneas.
Personalidades como Luiza Bairros, referência no combate às desigualdades raciais; Milton Santos, geógrafo reconhecido internacionalmente por repensar o território, o espaço urbano e as dinâmicas tecnológicas; e Lélia Gonzalez, intelectual que denunciou a estrutura racista brasileira, revelam como o conhecimento negro transformou nossa compreensão de sociedade, planejamento urbano e políticas públicas. Suas obras nos mostram que não há desenvolvimento sustentável, inovação ou engenharia plena sem justiça racial.
Para o SENGE-GO, defender a luta antirracista é defender um projeto de país mais justo, com oportunidades equânimes, onde ciência, tecnologia e engenharia se alinham ao compromisso ético de reparar desigualdades e garantir dignidade para todas as pessoas. Construir pontes, redes, cidades e infraestruturas também é construir um futuro em que vidas negras sejam protegidas, valorizadas e celebradas.
Como escreveu a poeta Conceição Evaristo, ecoando gerações de resistência e esperança:“Eles combinaram de nos matar, nós combinamos de viver.”
Que as engenharias sigam comprometidas com a vida, com a justiça e com a construção de um Brasil verdadeiramente antirracista.



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