Palavra do Presidente

 

Entrevista concedida pelo Eng. Gerson Tertuliano ao Programa Engenharia da TV Metrópole

PRIMEIRO TEMA

MERCADO DE TRABALHO

Nos últimos 4 anos passamos pelo período mais difícil e agressivo ao mundo do trabalho que teve reflexos danosos no mercado de trabalho da engenharia como um todo motivado principalmente pelos fatos:

  1. Reeleição da presidente Dilma/16 que enfrentou grande oposição principalmente pelo candidato derrotado que aliado a Câmara inaugurou a politica das pautas bombas que engessaram o desenvolvimento da economia.
  1. A Ascenção do Sr. Michel Temer ao cargo de presidente com a edição do programa ponte para o futuro que trouxe ao governo o Ministro Meireles com sua meta de total austeridade voltada para atender os interesses de mercado e a edição das reformas e medidas que travaram o desenvolvimento.
  1. O curso da operação lava jato com forte impacto na Petrobras e nas grandes empreiteiras do País foram fortemente atingidas e muitas proibidas de licitar com o governo federal.
  1. A estagnação de programas de infraestrutura, fizeram com que a construção civil e os programas de infraestrutura sofressem um grande revés, hoje existem mais de 500 obras de porte paralisadas além de não se abrirem novas frentes.
  1. A PEC 55 conhecida como a PEC da maldade congelou investimentos atingindo fortemente a educação e a saúde além de proibir a contratação por serviços público.
  1. A falta de credito e a desconfiança do empresariado fez com que vários projetos fossem adiados.
  1. O BNDS grande fomentador do desenvolvimento passou a utilizar as regras de mercado em substituição a antiga TJLP bem como apesar da taxa Selic decair dos antigos 14,5 por cento para cerca de 5,5 as taxas aos tomadores de empréstimo continuar nas nuvens.
  1. Recuperação econômica difícil, pois nos últimos 2 anos perdemos 7% PIB e 27% no investimento.
  1. Recuperação lenta da produção industrial, cerca de 0,2%, em fevereiro

Este grave quadro recessivo levou ao recorde de termos hoje mais de 16 milhões de desempregados e a engenharia (construção civil), terceira fonte de empregos teve que amargar com o fechamento de cerca de 700 vagas de carteira assinada por dia.

Vejamos os gráficos a seguir mostrando o crescente numero de rescisões da área de engenharia em Goiás e no brasil.

OUTRAS AMEAÇAS

  1. A atual politica dos atuadores jurídicos que engessaram ou tentam engessar a engenharia com leigos do mercado profissional do direito dando as redes das questões que devem ser exclusivas da área tecnológica.
  1. A recente iniciativa do governo federal de exigir dos CREAS a emissão de visto de trabalho dos engenheiros estrangeiros em prazo não maior que 60 dias, facilita as empresas estrangeiras a trazer sua mão de obra externa. Dados do CONFEA revelam que nos últimos anos aproximadamente 100 mil novos engenheiros desembarcaram no mercado de trabalho do Brasil numero este 5 vezes maior que o numero de registros do ano de 2010.
  1. As consequências nefastas advindas da reforma trabalhista.
  1. O fim da politica de conteúdo nacional que é a grande ameaça.
  1. Incerteza do cenário politico

SEGUNDO TEMA

CENARIOS PARA OS FUTUROS ENGENHEIROS E AÇÕES SINDICAIS PELA RETOMADA

  1. O mercado da construção civil começa a demostrar certa retomada apresentando avnço no índice de confiança da construção medido pela FGV, com novos lançamentos que serão mais sentidos no inicio de 2019.
  1. O Agronegócio continua em alta e absorvendo parte de profissionais na área de automação gerenciamento e agrônomos.
  1. As tendências da engenharia civil de desenvolver novos nichos de mercado como: Serviços agregados; capacitação de mão de obra; Smart cities; Construção enxuta e novas tecnologias, incluindo ai a cultura de inovação.
  1. Necessidade de novos profissionais a partir da retomada do crescimento e da infraestrutura, pois faltam engenheiros no país. Se comparado com a América latina ainda estamos muito carentes de engenheiros. A Cerca de 4 anos o próprio CONFEA em estudo divulgado lançou documento afirmando que faltava engenheiros no BRASIL.
  1. A nova era de mercado de trabalho que cada vez mais contratara engenheiros para trabalho em casa através de TI.

AÇÃO SINDICAL

O Sindicato dos Engenheiros juntamente com a Federação Nacional dos Engenheiros lança mais uma edição do programa CRESCE BRASIL que aponta caminhos para vencer a crise.  Para nos só há saída com a RECUPERAÇÃO da CAPACIDADE TECNOLOGICA e FIM DO DESMONTE EM CURSO. Também é imprescindível mudar a politica econômica abandonando o AUSTERICIDIO implantado

TERCEIRO TEMA

PRIVATIZAÇÕES OU INVESTIMENTOS LEGAIS

Quando falamos de terceirização temos que ter em mente duas questões ou seja o que é excencial para o pais e deve ficar com o governo e aquilo que pode ser privatizado.

  1. O que é essencial e deve ser politica de estado. ENERGIA ELETRICA – este insumo deve ser politica de estado e não deve ser terceirizado, temos que enfocar não somente o aspecto financeiro, mas sobretudo o papel social e desenvolvimentista do estado
  1. A questão do SANEAMENTO este item deve ser papel do estado de levar o saneamento básico a todos pois com ele esta associado a área da saúde e dignidade de um povo
  1. A área da EDUCAÇAO e SAUDE tem também d ser politica de estado e ser tratada como prioridade, não se pode terceirizar estes itens.

As privatizações no seu bojo sempre trazem associadas:

  1. A Precarização do trabalho;
  2. O aumento de tarifas levadas pela necessidade crescente de resultado financeiro
  3. A drástica redução de postos de trabalho com a sobrecarga dos trabalhadores remanescentes.
  4. A queda de qualidade em áreas que não significam lucro imediato.
  5. Perda de importante participação em empresas de tecnologia de ponta EMBRAER, PETROBRAS, ELETROBRAS etc.

INVESTIMENTOS LEGAIS.

Devem ser estimuladas através de politicas publicas que atraiam os investidores para áreas de interesse mutuo por exemplos:

Privatização de rodovias, o investidor constrói e fica no direito de explorar etc.

Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho Gerson Tertuliano

Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás – SENGE-GO

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